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4 PASSOS pra tirar o máximo do seu gráfico integrado

4 PASSOS pra tirar o máximo do seu gráfico integrado
Créditos: Montagem: Bruno Pires (Adrenaline)

Com o custo elevado das placas de vídeo, temos focado bastante na alternativa de montar uma máquina de entrada para jogos usando exclusivamente gráficos integrados. E a opção mais indicada tem sido o Ryzen 5 5600G da AMD, devido a sua combinação de um excelente processador, capaz de ser combinado com boas placas de vídeo, e do gráfico integrado Vega 7, que já segura games mais leves e volta e meia até alguns grandes lançamentos.

Mas extrair mais performance desse sistema demanda um cuidado especial com algumas das peças usadas e configurações realizadas. Nesse artigo, então, vamos mostrar alguns cuidados que você deve tomar para extrair o máximo de desempenho desse hardware!


1 – Use duas memórias RAM

Em um sistema com gráficos integrados, a memória RAM é também a memória de vídeo, então cuidados adicionais devem ser tomados com esse componente. A prioridade deve ser em quantidade e velocidade desse componente, para alcançar um nível de desempenho mais alto. 

O primeiro é o uso de dois módulos de memória. Isso viabiliza uma tecnologia chamada dual-channel. Ela cria dois canais de comunicação entre o processador e as memórias, algo que não faz tanta diferença em outros cenários, mas que, como destacamos, é um gargalo importante em um sistema que precisa da memória tanto pra CPU quanto GPU.

Para habilitar é bem fácil. Basta ter dois módulos de memória em seu computador, de preferência simétricos, como já discutimos em um artigo anterior, e na hora de ligar, ter um cuidado: se sua mainboard tem quatro slots, conectar de forma a colocar cada memória em um canal diferente. É só consultar o manual da mainboard, mas normalmente basta colocar as memórias de forma alternada nos slots para ter o dual-channel habilitado. Para confirmar que o dual-channel foi aplicado, há duas formas: na BIOS essa informação costuma estar disponível, ou baixando o software CPU-Z.

2 – Use memórias de frequência alta e CL baixo

Outra forma de aumentar a performance das memórias é o uso de módulos de maior performance. Um modelo como o Ryzen 5 5600G tem suporte oficial para até 3200MHz, então vale a pena investir nesse tipo de tecnologia. Outro fator pra ficar de olho são os timmings, normalmente indicados pelo primeiro valor, o CL. 

Como abordamos mais a fundo nesse artigo aqui, frequências de memória e seus timmings de operação podem trazer ganhos relevantes em alguns cenários, e é nos gráficos integrados justamente que temos um dos mais impactantes. Mas não basta colocar as memórias mais rápidas. É preciso acessar a BIOS e habilitar o perfil XMP/DOCP para utilizá-las, já que por padrão o sistema irá se iniciar com o valor mais básico –  e estável – da tecnologia DDR, que no caso do DDR4 é 2400MHz. 

Outra dica: não exagere. Além de um aumento estratosférico no custo quando falamos de memórias com frequências de operação muito altas, o que vai totalmente contra a proposta de economizar usando só gráficos integrados, existe a possibilidade do sistema não ficar estável com essa configuração. Nós brincamos com memórias a 5333MHz em live, como podem ver abaixo, e a performance realmente é curiosa. Mas o custo é o mesmo de uma placa de vídeo high-end.

YouTube video

Apesar disso, memórias um pouco mais rápidas, às vezes, custam pouca coisa a mais que módulos mais básicos e vão entregar ganhos relevantes de performance em alguns cenários.

3 – Compre uma placa chipset B ou X

O próximo passo depende também de um balanço entre custo e oportunidade de performance. Não é incomum o custo de uma placa com chipset A, que são as mais baratas para plataformas AMD, ser bem próximo do custo de uma placa-mãe B. No momento da pesquisa para esse artigo, achei modelos B450 pelo mesmo preço de modelos A320. 

Em que isso influencia? Os modelos A da AMD são os únicos bloqueados para a mudança das frequências de CPU e GPU. Então, com a troca para uma B, você tem a oportunidade de mudar as frequências de operação.

Não há muito motivo para overclockar o processador do 5600G, que já entrega um competente hexa-core. O foco é a Vega: já conseguimos subir consideravelmente a iGPU, tirando dos 1900MHz para chegar aos 2300MHz com relativa facilidade.

4 – Dedique VRAM

Por fim, se você tiver uma quantidade generosa de memória RAM, como 16GB ou mais, uma boa pedida pode ser dedicar de forma fixa uma parte dessa memória para o chip gráfico. Para isso, é preciso entrar na BIOS e desabilitar o UMA (Unified Memmory Access) para uma configuração dedicada. O ideal é deixar no mínimo 2GB, e 4GB mais que sobra para o perfil do que o gráfico integrado consegue levar.

Isso não muda necessariamente a média da taxa de quadros ou os FPS máximos, mas já testamos no passado o efeito positivo que isso pode trazer para a estabilidade do sistema, reduzindo stutterings e quedas de frames momentâneas por gargalos na memória de vídeo. Em nossos testes com o Ryzen 5 5600G o UMA funciona muito bem, então esse último passo é dispensável, mas já vimos sistemas mais antigos obterem efeitos positivos desse ajuste.


E o resultado final de nossos ajustes? Abaixo fica evidente o quanto temos ganhos respeitáveis tanto em testes sintéticos, como o 3DMark, quanto em usos práticos, como o gameplay de Red Dead Redemption 2 e Counter Strike: Global Offensive. Também fica visível porque ordenamos o artigo como foi feito: os primeiros passos são os que apresentam maiores ganhos, enquanto os demais continuam ampliando o desempenho, porém de forma mais discreta.

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