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Novo Alienware high-end!

REVIEW | Alienware 16 Area-51: um modelo gamer de entrada com alguns bons recursos

Notebook é a entrada da Alienware em um novo patamar de preço, disputando espaço com modelos gamers de entrada

REVIEW | Alienware 16 Area-51: um modelo gamer de entrada com alguns bons recursos
Créditos: Foto: Diego Kerber (Adrenaline)

O Alienware 16 Area-51 é o novo notebook gamer high-end da Alienware, que chegou para atualizar sua linha de notebooks para a nova geração. Ele busca trazer alta performance, um design diferenciado como esperamos da linha Area-51 e também alta performance.

Especificações

  • Processador Intel Core Ultra 9 275HX, 24 cores, cache de 36MB, até 5.4GHz
  • Memória RAM de 32 ou 64GB (2×16 ou 2x32GB) DDR5-6400
  • Tela de 16 polegadas IPS, 2560×1600, 240Hz
  • Placa de vídeo Nvidia GeForce RTX 5070 8GB
  • Armazenamento de 1GB SSD PCIe 4.0
  • Dimensões: 36,5 x 29 e 3,40kg.

Design do Alienware 16 Area-51

Enquanto o 16 Aurora focou em manter um design um pouco mais leve, o Area-51 está preocupado primeiro com performance. Para isso, tem um design um pouco maior e mas pesado, pesando mais de 3 quilos.

Tela do Alienware 16 Area-51. Foto: Diego Kerber (Adrenaline)

O notebook tem a construção que esperamos de um dispositivo topo de linha da Alienware. Os acabamentos são precisos e bem encaixados, com belos materiais metálicos, especialmente a verde escuro da tampa externa.

O destaque do visual é a extensão traseira depois da tela. Ali temos a área de arrefecimento, importante para a performance térmica deste notebook, mas também um diferencial do design. A Alienware colocou ali um conjunto de LEDs colorido que formam um efeito parecido com uma aurora boreal, customizável para qualquer conjunto de cores. Ficou bem bonito e diferenciado.

Como é um dispositivo de alto custo, esperamos alta qualidade em todos os elementos, e em geral a Alienware manda bem. A tela de 240Hz e resolução Quad HD tem boa resolução, cores, contrastes e tempos de resposta. O teclado tem um feedback muito agradável, além de ter a iluminação retroiluminada com ajustes por tecla. E com a fabricação nacional, o teclado é ABTN-2.

Conexões traseiras do Alienware 16 Area-51. Foto: Diego Kerber (Adrenaline)

Assim como o Aurora, o Area-51 também conta com uma elevação na parte inferior traseira, para melhorar o fluxo de ar. Como já testamos, esse pequeno detalhe faz uma boa diferença para o arrefecimento do notebook. O Area-51 tem entradas de ar pela parte inferior e superior, e as saídas nas laterais e na parte traseira, e em geral consegue se sair muito bem em manter o aquecimento longe do usuário.


Hardware do Alienware 16 Area-51

A Dell equipou esse computador com um processador potente, o Core Ultra 9 275HX, porém em placa de vídeo temos uma moderação maior. Apesar do projeto comportar placas de vídeo mais potentes, como vemos nas versões deste notebook vendidas no exterior com RTX 5080 e até RTX 5090, aqui no Brasil ele chega apenas com a RTX 5070.

Em termos de balanço entre custo e performance, a GeForce RTX 5070 é bem mais interessante. Basta ver rivais como o Predator Helios 18 AI, da Acer, com RTX 5080, custando inalcançáveis 33 mil reais, para ver porque a Alienware parou na altura que parou.

O único problema é que a RTX 5070 vem configurada com 8GB de memória de vídeo, configuração que já foi bastante abordada por aqui em artigos como este e este. É discutível o quanto compromete a longevidade do sistema ter uma configuração já sendo a especificação mínima atual.

Conexões e upgrades do Alienware 16 Area-51

A Alienware concentrou todas as conexões na parte traseira do notebook, com só duas exceções: o jack de fone e microfone na lateral esquerda, e o bem-vindo leitor de cartão. Essa última porta tem se tornado mais rara, o que é uma pena, já que produtores de conteúdo tem bastante uso para um leitor de cartões SD para descarregar material de suas câmeras e filmadoras, sem precisar de um adaptador.

Na parte traseira temos:

  • 2x USB Type-A 3.2 Gen 1 (5 Gbit/s)
  • 1x USB Type-A 3.2 Gen 1 (5 Gbit/s)
  • 2x portas Thunderbolt 4 com suporte a gráficos via RTX 5070
  • 1x HDMI 2.1

Temos um total de 5 portas USB e ainda disponibilidade de Thunderbolt 4, então é um conjunto bem consistente de portas de conexão. Mas tem uma ausência relevante: a porta de rede. A Alienware está ciente que essa pode ser uma falta importante para alguns consumidores, então está incluindo um adaptador de rede USB.

Na minha opinião, especialmente com tecnologias com o WiFi 6, tenho sentido cada vez menos necessidade de usar cabos de rede até para coisas críticas como mover arquivos grandes ou jogar online. Mas achei inteligente adicionar esse adaptador, para os consumidores que ainda podem depender de conexão por cabo em sua casa ou trabalho.

Na desmontagem, não tem muito segredo. Depois de tirar alguns parafusos, temos o acesso as partes internas do alien. Além do tradicional upgrade possível de memórias RAM, o diferencial deste modelo é que temos um total de três slots M.2. O mais comum nos modelos gamers é disponibilizar dois.


Testes do Alienware 16 Area-51 – Aplicativos


CineBENCH


Blender

Não foi possível rodar o teste com o Blender. O software gerou uma mensagem de erro em todas as tentativas, afirmando que não conseguiu localizar a GPU.


SPECviewPERF 20


UL Procyon edição de imagem, edição de vídeo e IA generativa


3DMark


A tradicional ferramenta de benchmarks trás uma visão geral da performance do sistema encarando ciclos pesados tanto para chip gráfico quanto processador. Rodamos duas variações, que incluem o tradicional Firestrike e o mais moderno Time Spy, que faz uso da nova API DirectX 12.


Testes do Alienware 16 Area-51 – Esports

Jogos do estilo competitivo são exigentes tanto no chip gráfico, que precisa fazer os quadros, quanto no processador, que precisa ter alto desempenho para dar conta de um gameplay com taxas elevadas de quadros.

Para ajudar a entender os gráficos a seguir: em jogos competitivos o ideal é buscar a taxa mais alta de quadros, de preferência acima dos 100fps 

Benchmark ASUS ROG Strix G16 (2025): Call of Duty Modern Warfare III

Call of Duty Modern Warfare III

Benchmark ASUS ROG Strix G16 (2025): Counter Strike 2

Counter Strike 2

Testes do Alienware 16 Area-51 – Games pesados

Agora vamos trazer testes com gráficos pesados, focando nos jogos exigentes que buscam usar os melhores efeitos gráficos disponíveis e que vão pedir alto desempenho especialmente da placa de vídeo.

Para ajudar a entender os gráficos a seguir: acima de 60fps é o ideal para monitores que operam nessa frequência. Quanto mais próximo dos 30fps, pior vai ficando a fluidez e abaixo dos 30 o jogo começa a ficar “não jogável.”


Benchmark ASUS ROG Strix G16 (2025): Assassin's Creed Shadow

Assassin’s Creed Shadow


Benchmark ASUS ROG Strix G16 (2025): Cyberpunk 2077

Cyberpunk 2077


Benchmark ASUS ROG Strix G16 (2025): Black Myth: Wukong

Black Myth: Wukong


Autonomia do Alienware 16 Area-51

Notebooks de alto desempenho não costumam se sobressair na duração de bateria, e o Area-51 não vai mudar essa realidade. Ele conseguiu ficar em torno de 7 horas longe da tomada em uso leve, o que não é um resultado ruim, basta ver como o Scar 18 da ASUS se saiu, mas também está longe de se destacar entre notebooks gamers de perfis mais leves.

Aquecimento e ruído do Alienware 16 Area-51

O Area-51 entregou temperaturas um pouco mais altas que outros modelos que testamos, especialmente que o ASUS ROG Strix Scar 18, um notebook com porte mais semelhante ao dele.

Aqui é importante olhar o aquecimento junto com o nível de performance e produção de ruído, já que o notebook está sempre balanceando esses elementos. E olhando para a performance, o Area-51 atualmente é nosso recorde de performance no Counter Strike 2, mostrando como empurra o processador a um nível elevado de performance.

Quanto a GPU, o ganho de 20 a 30% da RTX 5070 pode ter influência também do projeto da Alienware, então vamos precisar testar mais modelos com essa GPU para entender até onde o Area-51 pode estar potencialmente se sobressaindo em desempenho.

Sistema de arrefecimento na traseira do Alienware 16 Area-51. Fotos: Diego Kerber (Adrenaline)

Falando da produção de ruído, o Area-51 se sai bem no modo equilibrado, que é o que usamos no teste. É possível baixar mais as temperaturas em modos mais agressivos de ventoinha, mas acho que o balanceado entrega um bom equilíbrio entre temperaturas, performance e produção de ruído.

O que mais se sobressaiu, na minha opinião, foi o modo silencioso. Como já comentamos na análise do 16 Aurora, é muito bom jogar com o notebook produzindo quase nada de ruído e ainda mantendo um bom nível de desempenho.


O Alienware 16 Area-51 vale a pena?

O Alienware 16 Area-51 tem avanços e retrocessos se comparamos com o M16 R2, o Alienware disponível na geração passada. O mais importante é a portabilidade: esse não é um notebook para ser mais leve. Essa missão ficou com o Aurora, e mesmo ele ainda tem um porte gamer. O Area-51 é sobre performance, e vai ser mais pesadinho e maior para garantir o máximo de desempenho.

O resultado é perceptível. Especialmente em games e testes pesados em processador, Intel Core Ultra 275HX não abre vantagem apenas pela evolução do produto da Intel versus o 185H da geração anterior. O Area-51 é muito mais robusto que o M16 R2, e isso é uma diferença relevante que leva a essa vantagem em performance.

Carregador do Alienware 16 Area-51. Foto: Diego Kerber (Adrenaline)

A RTX 5070 e seus 8GB de VRAM

Na ponta da RTX 5070, temos menos novidades. Ainda há um ganho perceptível de desempenho sobre a RTX 4070, oscilando entre 20 e 30% em nossos testes. Mas, ao mesmo tempo, o chip da Nvidia está se tornando o ponto fraco do produto: a empresa está equipando ele com apenas 8GB de memória, algo que já é especificação mínima para rodar lançamentos deste ano.

Alguém desembolsando mais de 16 mil reais, e comprando chips de alta performance em processador e placa de vídeo, definitivamente não está mirando em “especificação mínima”, mas a Nvidia está criando essa situação desagradável ao colocar uma quantidade “no limite mínimo” em um chip gráfico que não equipa notebooks baratos. E o Alienware Area-51 paga o preço dessa decisão.

Nos testes sintéticos, esses efeitos de pouca VRAM não costumam ser tão evidentes. Mas jogando, deu para ver o problema. Joguei principalmente Rainbow Six Siege X, game para o qual o Area-51 é simplesmente delicioso, entregando algo próximo dos 240fps até jogando em seu modo economia de energia, o que torna ele extremamente silencioso.

Parte inferior do Alienware 16 Area-51. Fotos: Diego Kerber (Adrenaline)

Mas o outro game foi Clair Obscure: Expedition 33. Esse game que é forte concorrente a GOTY foi feito em Unreal 5, e como muito game feito nesse motor gráfico extremamente popular, pode ter problemas em máquinas com 8GB de VRAM. E teve. Ao ligar o gerador de quadros do DLSS, tive eventuais lentidões porque a memória da RTX 5070 não deu conta.

Foi desligar o gerador, e ficou estável. Ironicamente, a economia exagerada da Nvidia em VRAM fez eu ter que desligar o que era pra ser um dos recursos mais relevantes do produto. E fica uma esse cenário esquisito de ver um notebook caro não poder usar uma tecnologia que deveria ser um diferencial da nova geração.

E tudo isso passando por problemas de ajustes gráficos parecidos com o dos donos de RTX 5060 e até 5050, que apesar de serem produtos de entrada da geração, tem os mesmo 8GB, afinal essa configuração é o mínimo aceitável para quem está de olho em lançamentos.

Faria bem para o Area-51 ter uma opção com RTX 5070 Ti, com a mais segura margem de 12GB. Aumenta o custo, mas para muitos consumidores dar esse passo extra faria sentido para preservar todo o restante do investimento, e claro, o ganho de performance que também chega com esse upgrade.

O Area-51 é um excelente notebook. Se você quer desempenho, qualidade e um visual diferenciado, e não vê problema que ele seja mais “pesadinho” para garantir essa performance, o alienígena é um belo produto. Quer dizer, se também conseguir encarar o peso do preço, já que como é de se esperar de um produto high-end, ele não é barato.

Prós

Boa tela de alta taxa de atualização e resolução

Design com ótimos acabamentos e nova dobraciça

Sistema de resfriamento robusto e eficiente

Alta performance de CPU e bom desempenho de GPU

Contras

8GB de memória da RTX 5070 é o mínimo para 2025

Sem mais opções de GPU no Brasil

Foco em performance deixa ele pesado

Autonomia apenas OK

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