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REVIEW | ASUS TUF GeForce RTX 4070 Ti: redução de preço bem-vinda, mas evolução modesta

Recebemos para review / análise a placa de vídeo ASUS TUF Gaming GeForce RTX 4070 Ti OC, modelo high-end da NVIDIA, placa que enfim começa a trazer a microarquitetura Ada Lovelace para preços inferiores aos “inalcançáveis” 10 mil reais. Ela escalona os recursos presentes nas RTX 4090 e 4080 agora mirando em novos níveis de performance e custo. Esse é um chip que não possuirá projeto Founders Edition, sendo este modelo da ASUS o enviado para testes pela Nvidia Brasil.

As placas RTX 40, codinome Ada Lovelace, introduzem a nova microarquitetura da TSMC 4N em 5nm, aprimoram os núcleos RT, trazem mais cache L2 e tem como grande destaque a introdução do suporte ao DLSS 3, capaz de gerar quadros inteiros através de AI. A placa também apresenta um salto de eficiência de 2x, podendo incrementar a performance em 4x ou mais em games com o uso intensivo de Ray Tracing devido a maior eficiência dessa placa para lidar com essa tecnologia.

Placas GeForce RTX 4070 à venda na Kabum

Com o cancelamento da GeForce RTX 4080 12GB, a Nvidia ficou sem nenhum modelo com preço abaixo dos R$ 10.000 no lançamento das RTX 40. Recentemente a rival AMD ocupou esse espaço introduzindo as Radeon RX 7900 XTX e XT, e enfim a Nvidia está introduzindo um modelo para competir nessa faixa de custo, trazendo as tecnologias como DLSS 3 para um custo “menos caro”. O foco da RTX 4070 Ti é o gameplay em 1440p, cenário onde essa placa tem potencial de entregar mais de 120fps sem dificuldades, de acordo com a Nvidia.

A GeForce RTX 4070 Ti enfim preenche a lacuna com o cancelamento da RTX 4080 12GB

A RTX 4070 Ti foi introduzida com preço sugerido a partir de US$ 799, 100 dólares mais barato que a “deslançada” RTX 4080 12GB. A RTX 4080, até então a mais barata RTX 40, saía por nada menos que 1.199 dólares, e a antecessora nominal, a RTX 3070 Ti, foi anunciada por US$ 599, mas ainda hoje é encontrada por valores maiores que esse. A principal rival é a Radeon RX 7900 XT, com preço sugerido de US$ 899. No Brasil seu preço sugerido é de R$ 7.199, colocando ela próxima do preço cobrado na RTX 3080 Ti e Radeon RX 6900 XT, atualmente, e uns R$ 1 mil abaixo da RX 7900 XT.


RTX 40 Ada Lovelace

A linha RTX 40 é a terceira (a quarta se contarmos o refresh das RTX 20 Super) geração da filosofia heterogênea da Nvidia com o foco em viabilizar o Ray Tracing em tempo real. Isso quer dizer que além das estruturas “faz tudo” dos shadders tradicionais, introduzidos há mais de 20 anos pela própria Nvidia e hoje um padrão da indústria de chips gráficos, há também estruturas especializadas em outras funções presentes nos chips GeForce RTX 40.

Começando pelas estruturas mais tradicionais dos Stream Multiprocessors (SMs), os shadders – ou como a Nvidia chama, os núcleos CUDA – foram otimizados e agora são capazes de entregar até o dobro de performance por watt consumido, comparado ao que estava disponível nas placas baseadas na microarquitetura Ampere (RTX 30). Nessas estruturas uma das modificações mais relevantes é o aumento no cache L2, com uma RTX 4090 entregando 72MB de cache nível 2, enquanto a RTX 3090 Ti trazia apenas 6MB

O grande avanço da geração Lovelace para os “bons e velhos” shadders é a introdução do Shader Execution Reordering (SER), algo que fica como reordenamento de execução dos shadders em uma tradução livre para o português. De acordo com a Nvidia, essa nova tecnologia terá um impacto tão relevante quando a computação assíncrona foi nos processadores. Com ela, a placa de vídeo poderá modificar a ordem que realiza etapas de processamento gráfico, agrupando instruções de forma a serem executadas mais eficientemente. O grande beneficiário dessa tecnologia é o processamento de traçado de raios, que de acordo com a Nvidia acontecerão 3x mais rápido e resultaram em um aumento na taxa de quadros de 25%.

Outra estrutura atualizada são os núcleos RT, porção do chip gráfico GeForce dedicado a acelerar processos do traçamento de raios de luz. A especialidade desse componente é fazer o cálculo das interseções dos raios, desenhando a direção que um feixe de luz tem ao colidir com um objeto, mudar sua trajetória e enfim chegar ao observador. Os núcleos RT da terceira geração que equipam as RTX 40 conseguem entregar o dobro desses cálculos comparado às GeForce RTX 30, gerando o dobro de RT-FLOPS.

Melhorias da arquitetura trazem saltos mais significativos em games com Ray Tracing, e viabilizam um uso mais intensivo dessa tecnologia, com mais raios sendo calculados e uma cena mais realista

Esses núcleos de Ray Tracing também incorporaram um novo Opacity Micromap (OMM), ou micro-mapa de opacidade em tradução livre, que acelera o processamento de estruturas como folhagem e cercas, enquanto o DMM Engine consegue fazer de forma 10x mais rápida o processo do bounding volume hierarchy (BVH) com uso 20x inferior de armazenamento. Tudo isso somado viabiliza saltos superiores a 2x em cenários de uso intensivo de Ray Tracing, quando comparamos uma placa baseada em Ampere (RTX 30) com uma Ada Lovelace (RTX 40).

Mas a iniciativa mais ousada nas RTX 40 é feita com os núcleos tensores. Essas estruturas são especializadas em cálculo de matrizes, e isso torna elas extremamente eficientes para inferência e aprendizado da máquina. A principal novidade é uma maior dispersão de dados, conseguindo atingir as respostas corretas com um menor número de cálculos, introduzindo com as Ada Lovelace as instruções em um novo formato de dados FP8. Comparado ao FP16 usado em gerações anteriores, as RTX 40 usam metade do espaço de armazenamento e entregam o dobro de instruções em AI, fazendo uma RTX 4090 entregar o dobro de poder de processamento que uma RTX 3090 Ti, por exemplo. Isso é parte do hardware necessário para a nova versão do DLSS, mas esse assunto vai precisar de um tópico próprio, por ser a grande inovação das RTX 40.

O Nvidia DLSS3
Até a versão 2.1 do DLSS, a Nvidia utilizava essa tecnologia como uma forma de aumentar a performance do sistema da seguinte foram: o frame é renderizado em uma resolução inferior a final, economizando recursos do sistema e entregando um novo quadro mais rapidamente. Então os núcleos tensores e sua capacidade de AI preenchiam os pixels faltantes para entregar a resolução final, fazendo correções ao longo do caminho como aumento de nitidez e melhoria do serrilhado da imagem. Versões mais modernas do DLSS passaram também a aproveitar informações dos motion vectos, o deslocamento dos vetores, entendendo para onde cada objeto da cena estava se movendo, e melhorando o nível de acerto e qualidade gráfica da imagem.

A série 40 das GeForce dá um passo extra mais ousado. Ao invés de complementar a imagem, o DLSS 3 passará a fazer quadros inteiros por conta própria, o Optical Multi Frame Generator, ou gerador de multi quadros óptico, em uma tradução livre. E para isso, traz uma estrutura: o Optical Flow Accelerator, ou o acelerador de fluxo óptico, em tradução livre. Esse hardware tem a capacidade de analisar uma cena e entender qual a direção que os objetos na tela estão realizando, processando o sentido do movimento de cada pixel de um quadro para o próximo.

Esse recurso não é novo, sendo que desde as Turing (GTX 16 e RTX 20) a Nvidia já inclui o recurso em suas GPUs. A diferença é que as RTX 40 possuem um sistema muito mais aprimorado de leitura do movimento dos pixels entre quadros, para entregar uma informação mais rápida e precisa sobre pra onde “cada coisa vai” na imagem.

Com essa informação adicional, vem o salto do DLSS 3: usando a progressão dos dois quadros anteriores, as placas de vídeo RTX 40 podem criar um terceiro quadro unindo a posição de pixels anteriores com o seu deslocamento indicado pelos Acelerador de Fluxo Óptico, tudo “temperado” com decisões tomadas pelos núcleos tensores treinados pelo machine learning da Nvidia. A partir daí, o ciclo de produção de quadros passa a intercalar um quadro feito de forma tradicional com o motor do jogo, e outro gerado exclusivamente pelo DLSS.

Isso muda enormemente a taxa de quadros, já que vários dos processos mais pesados, como Ray Tracing, não são nem realizados no frame gerado pelo DLSS 3. Outros potenciais gargalos, como cenários CPU bound (limitados pelo processador) também podem ser beneficiados, já que os frames adicionais criados pelos núcleos tensores não demandam performance de processador. 

O maior problema de ter uma imagem que não usa o motor do jogo é que esse frame não tem informações do gameplay do jogador, ou seja, aumentaria o intervalo entre a ação do gamer e o efeito ser exibido na tela, uma latência que faz o jogo não parecer responsivo. Para tentar mitigar esse efeito a Nvidia incorporou o Nvidia Reflex, uma série de otimizações que buscam reduzir ao mínimo os atrasos nas etapas de renderização, tentando entregar o menor intervalo possível entre a realização de um comando e o seu efeito na tela. 

O Gerador de Multi Quadros Óptico não será útil em todos os jogos. Games que já estão rodando em altas taxas de quadro, como 100fps ou mais, não devem ser um bom cenário de uso para a tecnologia, já que o intervalo entre quadros já está em poucos milissegundos, gerando pouca oportunidade para o DLSS 3 melhorar mais a experiência de gameplay interpolando mais frames. Seu ponto forte será em cenários entre os 20 a 60fps e que envolvem filtros extremamente pesados, especialmente uso intensivo de Ray Tracing, onde o salto de performance pode chegar a 5x.

NVENC atualizado com AV1 para gravação e Streaming
As GeForce RTX 40 também trazem um incremento relevante para quem gosta de fazer lives ou gravar seus gameplays. O NVENC de oitava geração que equipa as placas Ada Lovelace foi atualizado com um novo motor composto por dois codificadores de vídeo trabalhando em paralelo, com cada um fazendo metade do quadro e por fim enviando um stream 2x mais rápido do que a tecnologia presente nas placas antecessoras.

Além do hardware mais potente, a geração RTX 40 também introduz nas GeForce o codec AV1. Como já detalhamos nesse artigo, o AV1 é um padrão muito mais eficiente, conseguindo comprimir mais a imagem que o H.264 usado anteriormente no NVENC, e possibilitando ou melhorar a qualidade de imagem sem aumentar a largura de banda consumida, ou manter o mesmo nível de qualidade demandando menos da conexão com internet.

Com os dois motores de codificação operando em paralelo, o NVENC também ganhou mais versatilidade. Com os dois operando em conjunto, é possível codificar um vídeo em 8K@60fps, porém o NVENC de oitava geração das RTX 40 também pode ser usado de forma paralela, dando conta da codificação de 4 vídeos em 4K@60fps em paralelo.

NVENC foi atualizado e agora suporta o AV1, além de dar conta de 8K@60fps ou quatro vídeos em 4K@60fps em simultâneo


A RTX 4070 Ti

A GeForce RTX 4080 é baseada no chip AD104, com um total de 7680 núcleos CUDA, capazes de atingir 40 TFLOPS através do shadders, combinados com 60 núcleos RT da terceira geração da tecnologia da Nvidia, atingindo até 93 RT-TFLOPS e 240 núcleos tensores da quarta geração podendo operar em até 641 Tensor-FLOPS através da técnica de esparcividade (dispersividade).

Acompanhando a melhoria de outras placas da linha RTX 40, há uma grande quantidade de cache nível 2 (L2 cache). Enquanto a RTX 3080 Ti trazia aproximadamente 6MB de L2 cache, esse valor sobe para 49MB na RTX 4070 Ti. Falando em memórias, a RTX 4070 Ti traz 12GB GDDR6X em uma interface de 192-bit, operando em 10500MHz.

A RTX 4070 Ti é menos exigente que a 4080 e especialmente a 4090, mas ainda é uma placa de demanda alta de energia. Precisa de dois conectores de 8 pinos no padrão ATX 2.0 (o tradicional) ou um conector ATX 3.0 (também chamado PCIe 5.0) com 300W de alimentação. A fonte recomendada pela Nvidia é uma de 700W.


GeForce RTX 4070 Ti vs RTX 3080 Ti vs RTX 3080 vs Radeon RX 7900 XTX

Abaixo tabelas comparativas com da RTX 4070 Ti com alguns outros modelos:

ASUS TUF GeForce RTX 4070 Ti

ASUS TUF GeForce RTX 4070 Ti

NVIDIA GeForce RTX 4080

NVIDIA GeForce RTX 4080

NVIDIA GeForce RTX 3080 Ti

NVIDIA GeForce RTX 3080 Ti

AMD Radeon RX 7900 XT

AMD Radeon RX 7900 XT

Comparativo

Preço de Lançamento
Preço de Lançamento
US$799,00 04/01/2023
US$1.199,00 15/11/2022
US$1.199,00 03/06/2021
US$899,00 13/12/2022
Preço Atualizado
Preço Atualizado
R$6.249,00 19/04/2023
Comprar
R$7.941,04 17/05/2023
Comprar
R$7.599,00 06/09/2022
Comprar

Especificações da GPU

Processo de fabricação
Processo de fabricação 5nm 5nm 8nm 5 nm
PCI-Express bus
PCI-Express bus 4.0 x16 4.0 x16 4.0 4.0
Chip
Chip Ada Lovelace (AD104) Ada Lovelace (AD103) Ampere GA102 Navi 31 XT
Clock do GPU
Clock do GPU 2310 MHz 2205 MHz 1365 MHz 1500 MHz
Clock do GPU (Turbo)
Clock do GPU (Turbo) 2730 MHz 2505 MHz 1665 MHz 2400 MHz

Especificações das Memórias

Tecnologia da RAM
Tecnologia da RAM GDDR6X GDDR6X GDDR6X GDDR6
Interface de largura de BUS
Interface de largura de BUS 192-bit 256-bit 384 bit 320 bit
Quantidade de RAM
Quantidade de RAM 12 GB 16 GB 12 GB 20 GB
Clock das memórias
Clock das memórias 1313 MHz 1400 MHz 1188 MHz 2500 MHz
Clock efetivo das memórias
Clock efetivo das memórias
Largura de banda
Largura de banda 504,2 GB/s 716,8 GB/s 912.4 GB/s 800 GB/s

Características Gerais

Shading Units
Shading Units 7680 9728 10240 5376
TMUs
TMUs 240 304 320 336
ROPs
ROPs 80 112 112 192
Pixel Rate
Pixel Rate 218,4 GPixel/s 280,6 GPixel/s 186.5 GPixel/s 469.8 GPixel/s
Texture Rate
Texture Rate 655,2 GTexel/s 761,5 GTexel/s 532.8 GTexel/s 806.4 GTexel/s
Performance de pontos flutuantes FP16
Performance de pontos flutuantes FP16 41,93 TFLOPS 48,74 TFLOPS 34.10 TFLOPS 103.2 TFLOPS

Design

Tipo de Slot
Tipo de Slot Três slots Três slots Dois slots Dois slots
Suporte à combinação de placas
Suporte à combinação de placas NÃO NÃO NÃO NÃO
Pinos de alimentação
Pinos de alimentação 1x 16 pinos PCIe 5.0 1x 16 pinos PCIe 5.0 1 x 12 pinos 2x 8 pinos
Comprimento da placa
Comprimento da placa mm 336 mm 313 mm 267 mm
TDP
TDP 285 W 320 W 350 W 300 W
Fonte recomendada
Fonte recomendada 600 W 750 W 750 W 750 W
Conexões de vídeo
Conexões de vídeo 3x DisplayPort 1.4a, 1x HDMI 2.1 3x DisplayPort 1.4a, 1x HDMI 2.1 3x DisplayPort 1.4a, 1x HDMI 2.1 2x DisplayPort 2.1, 1x HDMI 2.1, 1 USB-C

Recursos

DirectX
DirectX 12 Ultimate (12_2) 12 Ultimate 12 Ultimate 12 Ultimate
OpenCL
OpenCL 3.0 3.0 3.0 2.1
OpenGL
OpenGL 4.6 4.6 4.6 4.6
Shader
Shader 6.6 6.6 6.6 6.5

Extras

Extras
Extras


Fotos da Asus TUF GeForce RTX 4070 Ti

Diferente da RTX 4090 e RTX 4080, não recebemos uma NVIDIA GeForce RTX 4070 Ti Founders Edition, na verdade ninguem recebeu, porque a principio essa placa não terá versão Fouders. O modelo que recebemos foi da linha TUF Gaming da ASUS, logo naturalmente temos uma placa com projeto bem diferente. Essa RTX 4070 Ti TUF tem um projeto bom, tanto em acabamento quanto relacionado ao seu sistema de cooler com 3 FANs.

Como já virou padrão nas demais RTX 40, ela precisa de um conector de energia de 16 pinos PCIe 5.0, porém é a RTX40 que consome menos até agora. Acompanha a placa um adaptador de de 2 conectores 8 pinos para 16 pinos.

TUF GeForce RTX 4070 Ti vs ROG STRIX GeForce RTX 3080 12GB

Nas fotos abaixo colocamos lado a lado dois projetos da ASUS, a TUF RTX 4070 Ti e uma RTX 3080 de 12GB da linha ROG STRIX.

TUF GeForce RTX 4070 Ti vs NVIDIA GeForce RTX 4080

Outro comparativo interessante é da TUF RTX 4070 Ti com a RTX 4080 Founders Edition, mostrando que a nova placa segue o conceito de tamanho gigante, padronizado até o momento por modelos RTX 40.


Sistema utilizado

Depois de 1 ano e meio essa é nossa primeira review utilizando a nova bancada de testes, baseada em um processador Intel Core i9-13900K. Vários outros componentes de alto desempenho acompanham esse sistema, como SSDs NVMe PCIe4 e 32GB de RAM com frequência de 6000MHz.

Antes dos testes, detalhes da máquina, sistema operacional, drivers e softwares/games utilizados nos testes:

Máquina utilizada nos testes:
– Processador Intel Core i9-13900K [review]
– Placa-mãe ASUS ROG Maximus Z790 Extreme
– Kit de memórias Kingston FURY Renegade RGB 32GB (2x16GB) 6000MHz
– SSD Kingston Fury Renegade 500GB + 4TB
– Sistema de refrigeração CM MasterLiquid ML360 Ilusion
– Fonte de energia ASUS Thor 1600W
– Gabinete CM MasterFrame 700 Personalizado

Sistema Operacional e Drivers:
Windows 11 Pro 64 Bits
NVIDIA GeForce 527.xx

Aplicativos/Games:
Adobe Media Encoder 2023 (renderização pela GPU)
Blender Benchmark 3.x
SPECviewpeft 20 v30 (Solid Works/Maya, renderização pela GPU)
3DMark (Fire Strike Ultra / Port Royal / DLSS Feature Test)
Assassin’s Creed Valhalla (DX12)
Call of Duty Modern Warfare II (DX12)
Cyberpunk 2077 (DX12)
F1 22 (DX12)
– Flight Simulator 2020 (DX12)
Horizon Zero Dawn (DX12)
Rainbow Six Siege (Vulkan)
Red Dead Redemption 2 (Vulkan)
Resident Evil Village (DX12)
Watch Dogs: Legion (DX12)

GPU-Z
Abaixo a tela principal do GPU-Z mostrando algumas das principais características técnicas da placa.


Overclock da GeForce RTX 4070 Ti

Overclockamos a ASUS TUF GeForce RTX 4070 Ti em 200MHz no GPU, com clock final em boost de 2930MHz. Já as memórias subimos de 21GHz para 22.6GHz. Não aplicamos nenhuma mudança de tensão, apenas subimos o máximo do powerlimit da placa.

OBS.: Faça overclock por sua conta e risco. Overclock pode resultar em perda de garantia.


Consumo de energia

Começamos pelos testes de consumo de energia com todas as placas comparadas. Todos os testes foram feitos com o mesmo sistema, o que dá a noção exata do que cada VGA consome. Vale destacar que o valor é o consumo total da máquina e não apenas da placa de vídeo, que da uma noção de quanto um sistema completo consome. Comparações com testes de outros sites podem gerar resultados bem diferentes devido mudanças de sistemas utilizados.

Os testes consistem no consumo mínimo do sistema, quanto ele em modo ocioso após o teste de carga máxima, nesse caso rodando o 3DMark através do modo Fire Strike Ultra.

OBS.: No teste rodando o aplicativo 3DMark, consideramos de 5 a 10W como margem de erro, devido a variação que acontece testando uma mesma placa.


Temperatura

Mais um teste muito importante quando falamos de placas de vídeo, a temperatura do chip. Os testes consistem tanto com o sistema em modo ocioso como em uso contínuo.

É importante destacar que algumas placas possuem sistema que desliga os fans quando a GPU não está sendo exigida, como ao executar tarefas simples do Windows ou mesmo games mais simples. Por isso, existem temperaturas consideravelmente acima de alguns modelos nessa situação, mas que na prática não comprometem a placa. De acordo com as fabricantes, esse recurso aumenta o tempo de vida útil além de consumir menos energia. Sendo assim, podem existir diferenças grandes na temperatura do modo ocioso, o que não caracteriza uma placa ruim caso a temperatura seja alta.

Por que a placa ficou com temperatura menor quando overclockada?
Essa é uma situação normal nas placas atuais. A rotação dos FANs fica mais rápida e consequentemente fazem o GPU resfriar mais rapidamente, em alguns casos com temperatura menor do que em situação normal.

Por que a placa com sistema de cooler referência tem temperatura em modo ocioso menor que uma placa com cooler teoricamente melhor?
Porque placas de vídeo atuais com projetos de cooler mais recentes tendem a desligar os FANs quando a temperatura fica abaixo de números como 40, 45 ou mesmo 50 graus, assim quando os FANs ficam desligados a tendência é que a GPU não baixe a temperatura mais do que o limite que desliga os FANs.

Primeiro vamos ao teste das placas com o sistema em modo ocioso:

Para o teste da placa em uso, medimos o pico de temperatura durante os testes do modo Ultra.

OBS.: As temperaturas podem variar bastante de acordo com a região do país, sistema onde a placa está instalada e teste utilizado.


Aplicativos

Blender

Adobe Premiere CC 2021

SPECviewperf 20


3DMark


Testes em games

Agora vamos ao que realmente importa: os testes de desempenho em alguns dos principais games do mercado.

Para ajudar a entender os gráficos a seguir: acima de 60fps é o ideal para monitores que operam nessa frequência. Quanto mais próximo dos 30fps, pior vai ficando a fluidez e, abaixo dos 30, o jogo começa a ficar “não jogável”

Testes com o Assassin’s Creed Valhalla


Testes com o Call of Duty Modern Warfare II


Testes com o Cyberpunk 2077


Testes com o F1 2022


Testes com o Flight Simulator 2020


Testes com o Horizon Zero Dawn


Testes com o Red Dead Redemption 2


Testes com o Red Dead Redemption 2


Testes com o Resident Evil Village


Testes com o Watch Dogs: Legion

Testes de upscaling

Realizamos um teste usando de referência o game Microsoft Flight Simulator 2020 para verificar a performance da placa usando múltiplas tecnologias de upscaling e suas respectivas performances. O game da Microsoft é uma referência ao incorporar as tecnologias mais relevantes, como FSR 2.1, DLSS 2 e também o Frame Generation, exclusivo das RTX 40.


Gameplay em vídeo

Em breve.


Conclusão

A RTX 4070 Ti mostra como não ter a RTX 4080 12GB fez mal para os lançamentos das RTX 40. Com a RTX 4090 custando o que a gente espera de uma placa da série 90, e a RTX 4080 “16GB” se mostrando um lançamento decepcionante, as Ada Lovelace só fizeram sentido pra galera com muito, mas muito dinheiro.

Uma placa de mais de R$ 7 mil está longe de democratizar a nova geração da Nvidia, mas é um avanço enorme comparado ao que a RTX 4080 tem para oferecer. Apesar de trazer uma redução de 15 a 20% em desempenho, a 4070 Ti traz o custo bem inferior, o que torna a 4070 Ti não apenas mais interessante que a 4080, como também potencialmente a melhor opção RTX 40 até o momento.

Mesmo com as reduções, a RTX 4070 Ti ainda tem fôlego para encarar bem um gameplay em 4K em qualidade Ultra a 60FPS, mesmo envolvendo o Ray Tracing, resultado a boa performance das GeForces com essa tecnologia aliado aos excelentes incrementos de performance via Nvidia DLSS ou AMD FSR. Ela também segue contando com o trunfo do DLSS 3 em alguns games, ampliando bastante a diferença em favor da Nvidia na disputa com a AMD em games de gráficos pesados, especialmente aqueles não competitivos. 

Games mais pesados em RT podem levar a configuração no Alto ou a troca pelo 1440p, que é a resolução que a Nvidia tem direcionado esse placa. Ela tem plenas condições de encarar 4K, mas quem não quer abrir mão da configuração Ultra, ou está focado mais em altas taxas de quadro, pode preferir o uso dessa placa em Quad HD.

Na comparação com a rival AMD, há uma vantagem de uns 15% em favor da Radeon RX 7900 XT quando não temos um uso intensivo de Ray Tracing no game, com ambas as placas empatando ou a RTX 4070 Ti ficando levemente na frente em games pesados em RT. Essa diferença volta a ficar ainda maior em favor da GeForce se o DLSS 3 é habilitado, sendo que esses cenários, com baixas taxas de FPS e muitos filtros pesados ou gargalo pesado de CPU, são justamente os momentos em que a tecnologia “brilha”. A Radeon já não tinha ganhando muito do nosso carinho, agora deixa de ter sentido versus essa concorrente.

Falando agora mais especificamente do modelo da ASUS TUF do chip RTX 4070 Ti, a placa mostrou ter fôlego e margem para levar esse chip gráfico ao seu limite. Ela já vem com um overclock de fábrica, e ainda assim conseguimos colocar mais 200MHz extra de OC, o que resultou em… reduções de temperatura! Apesar de parecer um paradoxo, é normal o overclock eventualmente reduzir a temperatura, com a placa rodando as fans mais rapidamente para compensar o aquecimento extra. Mesmo após o overclock, a placa segue produzindo pouquíssimo ruído, mostrando a robustez deste modelo da ASUS, e as margens de OC que ele proporciona.

Mesmo sendo uma evolução, especialmente comparado ao que a RTX 4080 tem a oferecer na relação entre custo e performance, a geração 40 continua um avanço modesto frente ao que já possuíamos. Com preço de R$ 7 mil, essa placa chega custando o valor cobrado atualmente RTX 3080 Ti e na Radeon RX 6900/6950 XT . Ou seja, temos um incremento de… 10%, talvez 15%, na performance que a Nvidia tem para oferecer para esse segmento de preço. Com DLSS 3 temos possibilidade de tirar mais performance em alguns cenários relevantes, mas ainda assim, vemos como a série 40 é um ciclo de ganhos modestos de desempenho e custo comparado ao que as gerações anteriores já estão nos oferecendo, precisando do DLSS 3 para trazer algum ganho mais relevante de performance.

Prós

4K@60fps em qualidade alta

Muito capaz de encarar games com Ray Tracing

Suporte a AV1 e quatro 4K@60fps e 8k@60fps na codificação

DLSS 3 traz incrementos de até 2x em performance

Projeto eficiente e com margem para overclock

Contras

Design ainda enorme na linha 70 Ti

Não atualiza conexões para o DisplayPort 2.0 ou PCI-Express 5.0

Pouca evolução em performance vs custo

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