
Esta é a análise do ASUS ROG Ally X, versão aprimorada do computador com formato de videogame portátil da ASUS. Ele mantém a base do ROG Ally, mas amplia a quantidade de memória, refina seu design, enfim tira a porta proprietária para oferecer um segundo USB-C e, mais importante de tudo, dobra a bateria disponível, para garantir mais tempo longe antes de precisar ser recarregado.
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Outros elementos são mantidos, como o processador AMD Z1 Extreme, a tela 1080p IPS com 120Hz de atualização, além de LEDs na região dos analógicos.
Análise em vídeo do ASUS ROG Ally X
Atualizações no hardware do ROG Ally X
Apesar de não atualizar o coração do dispositivo, que é o chip AMD Z1 Extreme, o ROG Ally X tem sim upgrades relevantes no hardware. O primeiro é a memória. Tanto RAM quanto armazenamento receberam um upgrade. O SSD agora tem 1TB, algo que não era tão crucial no ROG Ally original, já que você conseguia fazer facilmente o upgrade nesse aspecto do portátil. Mas é uma preocupação a menos, o que sempre é bem-vindo.

A outra é mais importante. A memória RAM foi expandida para 24GB. Isso quer dizer que é possível manter 16GB para o sistema, e ainda ter 8GB sobrando para o chip gráfico. Ainda não estava inviável, mas já está começando a ficar apertado ter 16GB precisando lidar com CPU e iGPU, em games mais recentes.
Outra melhoria é na velocidade da memória, que foi expandida de 6400 MT/s para 7500 MT/s. Não é nada que vá mudar absurdamente a performance, mas memórias mais rápidas são sempre bem-vindas pelo chip gráfico. Vamos ver mais o impacto dessa mudança nos testes.
Design do ASUS ROG Ally X
Já que mexeu na estrutura do console portátil, a ASUS “aproveitou a viagem” e fez melhorais no design como um todo. A primeira mudança é nos controles, que tem os botões e os analógicos reposicionados para ficar em uma diagonal mais natural, baseado no ângulo dos polegares.
Outra mudança bem-vinda é que a empresa mandou embora sua conexão proprietária, e agora temos duas USB Tipo-C disponíveis, tornando possível ligar um dock externo e uma iGPU, por exemplo.
A última mudança relevante para o consumidor está do lado de dentro. Na reestruturação do portátil para caber uma bateria, a ASUS readequou o espaço para o SSD, que não precisa mais ser do tipo 2230, aquele compacto, e agora pode ser o mais convencional 2280. Se você não sabe do que estou falando, se eu digo SSD M.2, você deve ter imaginado um 2280.
Performance do ASUS ROG Ally

CineBENCH
Testes com chip gráfico do ROG Ally

3DMark

Counter Strike 2

Call of Duty Modern Warfare 3
Software do ASUS ROG Ally

Assassin’s Creed Valhalla

Red Dead Redemption 2

Cyberpunk 2077
Software do ASUS ROG Ally X
O Windows ainda é bem ruim como sistema operacional desse tipo de dispositivo. A tela sensível a toques dá pra ser usada para navegar, mas é bem ineficiente.
Quem compensa bem é o Armoury Create, que tem uma interface bem mais amigável e ajuda a navegar diretamente para os games, ou para as lojas de aplicativo. Falando nelas, tirando a Steam e seu modo Big Picture, todas as demais são bem ruizinhas de navegar com um gamepad, infelizmente.
Apesar dessa desvantagem, ainda prefiro o ROG Ally com Windows e todo seu ecossistema de aplicativos do que o Steam Deck e suas limitações de games que ainda não rodam nele, ou mesmo de outros softwares que você pode querer usar, especialmente se for usar ele como um PC convencional, em um dock, por exemplo.
Autonomia do ASUS ROG Ally X
A duração da bateria é a prioridade da ASUS no redesenho do ROG Ally X, então vamos dedicar um conjunto de testes para mostrar o quanto esse aspecto mudo no videogame. Começando pelo teste de autonomia máxima, quando colocamos o dispositivo em baixo consumo de energia, e rodamos o teste do PCMark 10 no modo Office, que faz apenas atividades leves, temos esse resultado:
Bem impressionante ver que o ROG Ally X passa perto de nosso recorde até o momento, que é o Zenbook S 14 baseado na tecnologia Meteor Lake. Comparado com o ROG Ally anterior, o dobro de bateria deu, basicamente, o dobro de autonomia.
Mas o ponto crítico não é uso leve, o ROG Ally conseguia mais de 8 horas neste cenário. O problema é que games consomem muita energia. Então rodamos o teste no modo gaming do PCMark 10, que fica rodando em loop uma renderização em 3D. Testamos nos três modos de energia do ROG Ally X, comparado com o ROG Ally em seus três modos, também.
Temos o aumento em 100% na duração de bateria em muito do tempo. No modo performance (15W no Ally, 17W no Ally X) o incremento ainda são de respeitáveis 80%, e por fim o modo desempenho (25W no Ally, 27W no Ally X) temos 100% mais duração de bateria. O modo mais econômico o incremento é mais discreto, mas ainda são 50% mais tempo de bateria, em games leves.
Esse incremento de autonomia é bem relevante. Mesmo em um game pesado e no modo de mais alto desempenho, o Ally X ainda segura 2 horas de gameplay, muito bom considerando que o Ally só segura 1 hora. No modo balanceado, que ainda roda muitos games, já sobe para 3 horas de autonomia.
Vale a pena o ASUS ROG Ally X?
Depois de passar por todos os outros fatores que mostramos na análise, falta um dos mais importantes para definir se vale a pena: e o preço? O ROG Ally X, usando de referência a Kabum, está saindo uns R$ 1 mil a mais que o ROG Ally “não X”.
Você não gasta nem a metade disso se quiser fazer o upgrade do SSD por conta própria, então você está pagando uns 500 reais a mais pela bateria a mais e atualização nas conexões e no design.

Na minha opinião, esse upgrade vale a pena. Na prática dá pra descarregar meio rápido o ROG Ally. O ROG Ally X vai aguentar uma quantidade de tempo consideravelmente maior, ficando por mais tempo em sua viagem ou deslocamento disponível para usar, e sem você ficar procurando toda hora por uma tomada.
A porta USB a mais também é sempre útil, e ter essas duas coisas por 10% a mais custo, já descontando 400 reais de não ter que comprar um SSD maior, algo que você vai precisar porque os 512GB são insuficientes, pra mim faz sentido.
Mas é um dispositivo caro. O Steam Deck dá pra achar consideravelmente mais barato, mesmo considerando que vai precisar dar o upgrade no SSD. Mas o nível de performance dos dois consoles é diferente, e o ROG Ally tem um design sensivelmente melhor, na minha opinião.

Então se você tem grana para encarar o investimento, e quer esse PC portátil, acho que ele faz sentido. Ainda mais se comprar um dock e usar ele também como um PC de trabalho, porque esse octa-cora aqui dá um pau em muita estação de trabalho convencional. E segue sendo o melhor PC portátil, agora com essa revisão de seus pontos fracos.
Especificações do ASUS ROG Ally testado:
- Processador: AMD Ryzen Z1 Extreme (“Zen4” 4nm, 8-core / 16-threads, 24 MB total cache, up to 5.10 GHz boost)
GPU: AMD Radeon Graphics (AMD RDNA 3, 12 CUs, até 2.7 GHz), TDP: 9-30W - Display 7 polegadas, FHD (1920 x 1080) 16:9, IPS glossy, sRGB:100%, Gorilla Glass DXC, Gorilla Glass Victus, 120Hz, tempo de resposta de 7ms, brilho de 500nits, AMD FreeSync Premium
- Memória: 16GB LPDDR5 7500 MT/s
- Armazenamento: 1TB PCIe 4.0 NVMe M.2 SSD (2280)
- Conexões
1x 3.5mm Combo Audio Jack
1x USB-C 3.2 Gen 2 com DisplayPort e power delivery
1x USB-C 4.0 (com Freesync e Power Delivery 3.0)
1x leitor de cartão (microSD) (UHS-II)
Wi-Fi 6E(802.11ax) (Triple band) 2*2
Bluetooth 5.2 - Tamanho: 28.0 x 11.1 x 2.47 ~ 3.69 cm
- Bateria: 80Whr
- Peso: 678g
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