
Depois de anos utilizando processadores PowerPC e mais um período considerável em parceria com a Intel, a Apple começou a adotar um processador de design próprio em 2020. O projeto Apple Silicon, identificado por chips da linha “M”, já está na quarta geração.
Fabricados pela TSMC, os processadores da Maçã estão por enquanto em modelos de notebooks e tablets da marca nos últimos anos, incluindo variantes como iPad Air e MacBook Pro. Eles têm cada vez mais recursos e, a cada evolução, demonstram mais capacidade e maior integração com os demais componentes do dispositivo.

Mas como foi exatamente essa curva de crescimento no desempenho? Será que o M2 é um chip já considerado defasado? A seguir, separamos as principais características das três últimas gerações do Apple Silicon para tirar a prova. Esse comparativo leva em conta apenas os modelos base dos chips, sem considerar as atualizações Pro e Max.
Novo Apple M4
O M4 é o atual chip mais avançado da Apple. Anunciado em maio de 2024, ele se diferencia das gerações anteriores por estrear em uma nova linha do iPad em vez de em Macs, o que significa que todo o seu potencial ainda não foi atingido.
Além de ter o maior desempenho até agora, o M4 estreia um motor dedicado para o display. Ele suporta inclusive a mais nova tecnologia OLED de camada dupla, que estreou no novo iPad Pro.

Esse processador conta ainda com um suporte para os codecs e formatos H.264, HEVC, ProRes a nível de hardware — outra adição que é inédita para tablets. Já os modos ProRes e ProRes RAW agora aceitam até resolução 8K.
- Transistores: 28 bilhões
- Arquitetura de fabricação: 3 nm de 2ª geração
- CPU: até 10 núcleos (4 de desempenho e 6 de eficiência)
- GPU: 10 núcleos
- Motor neural: 16 núcleos (38 trilhões de operações por segundo)
- Memória unificada: até 16 GB por equanto
- Largura de banda da memória: 120 GB/s
O motor neural foi melhorado de forma significativa, já que a Apple pretende revelar seus primeiros mecanismos de inteligência artificial (IA) ainda em 2024. O M4 tem ainda o maior índice de eficiência energética em comparação com outros processadores da marca.
Apple M3
A terceira geração de processadores da Apple é o M3. Ela não foi utilizada em tablets e acabou restrita aos MacBooks e ao iMac.
A companhia anunciou os componentes em outubro de 2023, junto também das variantes mais poderosas Pro e Max. Esse modelo conta com diferenças consideráveis em relação aos chips anteriores.

A arquitetura de 3 nm (nanômetros) faz bastante diferença no desempenho, com componentes ainda mais miniaturizados e otimizados.
- Transistores: 25 bilhões
- Arquitetura de fabricação: 3 nm de 1ª geração
- CPU: 8 núcleos (4 de desempenho e 4 de eficiência)
- GPU: até 10 núcleos
- Motor neural: 16 núcleos (18 trilhões de operações por segundo)
- Memória unificada: até 24 GB
- Largura de banda da memória: 100 GB/s
Esse também foi o primeiro com novos recursos de renderização, como ray-tracing acelerado por hardware e Mesh Shading, além da tecnologia Dynamic Caching na GPU. Codecs de vídeo populares passam a ser aceitos, como H.264, HEVC, ProRes e ProRes RAW, além da decodificação AV1.
Características do Apple M2
O Apple M2 foi confirmado em 2022 pela empresa durante a Worldwide Developers Conference (WWDC) daquele ano — um ano e meio depois da primeira geração, um intervalo entre gerações que atualmente é bem menor.

Nesse modelo, a largura de banda da memória unificada dobrou em relação ao M1. Além disso, o chip trouxe um novo processador de imagem (ISP) que melhora a redução de ruído em fotos.
- Transistores: 20 bilhões
- Arquitetura de fabricação: 5 nm de 2ª geração
- CPU: 8 núcleos (4 de desempenho e 4 de eficiência)
- GPU: 10 núcleos
- Motor neural: 16 núcleos (15,8 trilhões de operações por segundo)
- Memória unificada: até 24 GB
- Largura de banda da memória: 100 GB/s
O processador foi usado em Macs e iPads variados, além de ser usado no headset de realidade mista Apple Vision Pro.
As diferenças nos chips da Apple são tão significativas assim?
A melhora nas especificações técnicas, no desempenho e no suporte a mais tecnologias é notável de uma geração para a outra dos processadores com design da Apple para tablets e notebooks.
O salto geracional do chip M3 para o M4 é relativamente menor, mas a mudança anterior (do M2 para o M3) foi bastante considerável. Isso não significa que os modelos de anos atrás com Apple Silicon já estejam defasados, mas que a Maçã tem conquistado evoluções importantes em um período bastante curto.

Na prática e de acordo com os primeiros benchmarks, o M4 é 22% mais rápido em single core e 25% em multi em relação ao M3. Além disso, ele é 50% mais rápido em CPU e tem quatro vezes mais agilidade em GPU que o M2.
Além disso, o mais novo processador tem tendência a ter uma performance ainda maior nos Macs que serão apresentados a partir de junho de 2024, sendo também mais aptos para lidar com os recursos de inteligência artificial (IA) possivelmente anunciados no mesmo evento.
Entre as especificações técnicas, a GPU é a que apresenta a menor diferença no geral. Porém, mudanças em tecnologias de renderização e compatibilidade com codecs do M4 leva aos tablets recursos antes restritos ao Mac.
A alteração de arquitetura também é bem relevante: a passagem dos 5 nm para os 3 nm gera melhorias em performance e economia de energia.
Já a melhoria de aspectos como largura de banda e na quantidade de operações suportadas pelo motor neural são notáveis, mas nem todos esses recursos são observados na prática por todos os consumidores. Detalhes técnicos mais específicos sobre o M4 devem ser conhecidos apenas quando os modelos forem devidamente testados e surgirem também em notebooks.

O iPad Pro com o novo processador e tela OLED é o atual modelo mais poderoso da marca. Só que ele é também o mais caro, então é preciso considerar se para você já vale a pena migrar para o membro mais avançado da família.
Por enquanto, porém, já é possível afirmar que a Apple segue em uma rápida evolução e já se consolidou também como uma companhia do setor de chips.
Você tem ou já usou algum dispositivo da Apple com chip de design da empresa? Sentiu alguma diferença ou desempenho? Acha que a companhia deve mesmo seguir com processadores próprios? Deixe a sua contribuição nos comentários!
Fontes: 9 to 5 Mac, Digital Trends, PC Mag, Apple
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