Call of Duty: Black Ops 7 é lançado e fãs acusam jogo de estar “cheio de IA”

Mais um lançamento, mais uma polêmica: Call of Duty: Black Ops 7 é lançado e fãs acusam jogo de estar “cheio de IA”.

Um dos jogos de tiro mais populares do mundo chegou oficialmente há pouco tempo, e os jogadores que realizaram o pre-load já puderam acessar o título. Entre troca de balas e empolgação, um outro assunto menos agradável eclodiu nas redes sociais.

E o problema é o que já mencionamos acima: a comunidade identificou a presença de supostos elementos visuais criados por inteligência artificial (IA), utilizados como recompensas nos famosos Cartões de Visita.

Esta prática não é inédita para a Activision. A empresa usou ferramentas generativas de IA em Call of Duty: Modern Warfare 3, de 2023, e em Call of Duty: Black Ops 6, de 2024.

Em ambas as ocasiões, a decisão foi alvo de fortes críticas do público. A novidade em Black Ops 7 está na quantidade significativa de itens produzidos com essa tecnologia.

Loving the Unique style of art they've gone with for these calling cards pic.twitter.com/c583gv4Qpn

— Kume (@Kumesicles) November 13, 2025

Usuário expõe quantidade de assets de IA em Black Ops 7

O usuário Kumesicles, no X (antigo Twitter), divulgou uma imagem mostrando os Cartões de Visita (Calling Cards) do jogo, que são desbloqueados como recompensas.

Todos eles exibiam características típicas de conteúdo gerado por IA. A publicação rapidamente ganhou destaque e serviu como ponto de partida para a discussão, mas não representa o único caso encontrado.

A Activision também implementou ativos de inteligência artificial durante a campanha solo e nos ícones de prestígio, itens que demandam muitas horas de jogo para serem conquistados.

É provável que mais exemplos surjam, uma vez que o jogo foi lançado recentemente. Até o momento, esses são os casos que mais geraram atenção e descontentamento.

Recepção da comunidade e críticas na plataforma Steam

As reações à publicação de Kumesicles ilustram a insatisfação dos jogadores com a inclusão desses materiais, mesmo que constituam uma parcela pequena da experiência total.

Outro termômetro do sentimento da comunidade é a página do jogo na Steam, na qual diversas análises feitas por usuários apontam o uso de IA como um problema.

As críticas se estendem a outras questões técnicas, incluindo a impossibilidade de pausar a campanha, a exigência de conexão online constante e a interrupção da missão caso o jogador fique ausente, obrigando que a pessoa recomece a fase do zero.

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Call of Duty: Black Ops 7 é lançado e fãs acusam jogo de estar “cheio de IA”; entenda problema

A situação levanta questionamentos sobre o que exatamente o consumidor está adquirindo. Personalizações de personagem e perfil sempre funcionaram como metas atraentes e opções de microtransações, pois eram tradicionalmente desenvolvidas por artistas para ter um apelo visual.

Ter um perfil visualmente distinto, que é exibido após um momento de destaque em uma partida, é uma característica clássica na experiência de Call of Duty.

A substituição desse trabalho cuidadoso por conteúdo automatizado é vista como uma perda de valor em comparação com títulos anteriores. A Activision, uma empresa de grande porte, tem recursos para contratar artistas e criar itens que os fãs desejariam exibir.

O episódio, ainda que focado em um componente secundário, evidencia uma postura da desenvolvedora com relação aos detalhes.

Ficou claro que, enquanto Call of Duty permanecer sendo um sucesso comercial, a estratégia de reduzir a qualidade para testar os limites do aceitável pelo público continuará.

Mesmo que a gigante reveja sua posição e substitua os assets atuais por arte feita por humanos, a repetição do cenário no futuro, possivelmente de forma mais intensa, é uma expectativa considerável.

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Fontes: X (Antigo Twitter) | Wccftech