Capcom não queria relançar Resident Evil clássicos por causa de seus remakes

Iniciada em 1996 pela Capcom, a série Resident Evil (ou Biohazard) no Japão permanece como uma das mais populares da empresa, que já fez várias sequências e remakes. No entanto, a companhia tem dificuldades em entender o valor dos jogos que deram início à franquia, o que quase impediu que eles fossem relançados no GOG.

Em uma entrevista ao The Game Business, o diretor de negócios da loja, Marcin Paczynski, explicou que foi um desafio conseguir relançar a trilogia original. Segundo ele, a desenvolvedora japonesa acreditava que ninguém gostaria de jogar os games antigos, especialmente quando há “remakes superiores” facilmente acessíveis.

“Eles não pareciam perceber o valor em trazer de volta as versões originais”, explicou Paczynski. Dessa forma, o GOG teve que se esforçar para convencer a Capcom a liberar o relançamento de Resident Evil 1, 2 e 3 para que fãs antigos — e também uma nova geração de jogadores — pudessem ter acesso facilitado a eles.

Resident Evil enfrentou resistência em sua volta ao GOG

“Foi necessário muito convencimento de que há uma audiência que tem muitas memórias desses games”, continuou o diretor de negócios do GOG. “Ainda bem, conseguimos convencê-los disso”. Na loja para PC, os três Resident Evil são vendidos de forma separada, ou em um pacote com preço promocional.

Todos eles foram lançados como parte do Programa de Preservação da loja, que garante suas compatibilidades futuras com novos hardwares e sistemas operacionais. De forma semelhante, ela também oferece correções de bugs e a compatibilidade com gamepads modernos.

No caso do primeiro Resident Evil, por exemplo, a versão GOG também trouxe diferentes localizações do jogo, melhorias do DirectX e recursos como V-Sync, correção de Gamma e anti-aliasing. Com isso, a experiência original é preservada, mas vem acompanhada de algumas melhorias visuais e de gameplay.

Além dos três games da séria, a Capcom também trouxe à loja os dois primeiros Dino Crisis, bem como Breath of Fire IV. Enquanto o GOG pretende trazer mais clássicos produzidos no Japão para seu catálogo, a resistência da Capcom é uma boa evidência de que o modo de pensar de alguns executivos pode acabar dificultando essa tarefa.

Fonte: PC Gamer

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