Felipe Gugelmin 
Realizada no final de outubro pela Rockstar Games, a demissão de pouco mais de 30 desenvolvedores de Grand Theft Auto 6 (GTA 6) continua ganhando novas repercussões. Na última quinta-feira (13), Christine Jardine, membra do parlamento do Reino Unido, trouxe o assunto à tona durante uma sessão.
Ela explicou que foi contatada por alguns de seus eleitores que foram prejudicados pela decisão da empresa. Assim, a política pediu que o parlamento fique mais atento a casos de corporações que cortam funcionários simplesmente porque eles tomaram iniciativas de se sindicalizar — o que é ilegal no Reino Unido.
Oficialmente, a Rockstar Games afirmou que demitiu os desenvolvedores de GTA 6 porque eles vazaram informações confidenciais. Já os afetados alegam que isso é mentira, e a empresa simplesmente tomou medidas para evitar que 10% de sua força de trabalho se unisse a um sindicato, o que garantiria a eles proteções especiais a partir de 2026.
220 funcionários da Rockstar Games divulgam carta-aberta
Além de o assunto ter chegado ao parlamento do Reino Unido, ele também gerou uma nova onda de protestos entre os funcionários da Rockstar Games. 220 pessoas que trabalham nos escritórios da empresa em Edimburgo assinaram uma carta-aberta na qual apoiam os 31 desenvolvedores demitidos.
O documento, que foi entregue à gerência do estúdio, exige que essas pessoas afetadas sejam reintegradas às suas funções e possam ajudar a finalizar GTA 6. O sindicato Independent Workers’ Union da Grã-Breatanha (IWGB) acompanha a situação e promete realizar novos protestos.
Nesta sexta-feira (14), o grupo deve se reunir em frente à sede da Rockstar Games em Londres para realizar novas manifestações. Uma reunião de funcionários também vai acontecer nos escritórios da companhia em Paris, que será apoiada pelo grupo Le Syndicat des Travailleureuses du Jeu Vidéo (STJV).
Uma terceira manifestação está programada para acontecer no dia 18 de novembro, data na qual o parlamento britânico vai se reunir para discutir sobre a indústria de games da Escócia. Enquanto isso, vai continuar avançando o processo que a IWGB iniciou após a desenvolvedora se recusar a se juntar à mesa de negociações.
Fonte: PC Gamer, Game Developer
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