Divinity vai ser otimizado antes da hora por causa de preços elevados de RAM

Assim como aconteceu com Divinity: Original Sin e Baldur’s Gate 3, a Larian Studios pretende usar o Acesso Antecipado como parte do desenvolvimento de Divinity. No entanto, o estúdio decidiu que vai atuar de formas diferentes do passado, especialmente no que diz respeito a seus processos de otimização — que vão ser adiantados.

Enquanto em Baldur’s Gate 3 o desempenho inicial do jogo era abismal e foi melhorado muito com o passar dos anos, o mesmo não deve acontecer com o novo RPG. Segundo o chefe do estúdio, Swen Vincke, isso é resultado dos preços crescentes de componentes como memória RAM e SSDs.

Em uma entrevista ao TheGamer, Vincke explicou que o desenvolvimento de Divinity tem que levar em consideração o tipo de hardware que os jogadores têm agora e quais eles vão usar no futuro. Com o preço de componentes aumentando, diminuem as chances de que pessoas façam upgrades — o que pode prejudicar jogos que demandarem muitos recursos em alguns anos.

Divinity é mais uma “vítima” da IA generativa

Enquanto para os fãs da Larian Studios essa decisão pode se mostrar positiva, ela não é muito boa para o estúdio, ou para o mercado de games em geral. “Isso meio que destrói todas as previsões que tínhamos no passado”, explica Vincke, que também vai ser diretor de Divinity.

“Porque, normalmente, você sabe as curvas, e você pode proteger o hardware. Vai ser algo interessante. Isso significa que, mais provavelmente, já precisamos fazer muito trabalho de otimização no Acesso Antecipado, que não precisávamos fazer necessariamente nesse ponto do tempo”, continuou.

A situação é criada principalmente pela grande demanda gerada por corporações focadas em centros de dados, especialmente aqueles dedicados à inteligência artificial generativa. Isso tem diminuído rapidamente os estoques de fornecedores, bem como forçado companhias a deixarem de lado o mercado direto para consumidores.

Ironicamente, essa é uma tecnologia que a própria Larian Studios afirmou usar no desenvolvimento de Divinity, o que gerou certa polêmica. Embora Vincke explique que a decisão não tirou o trabalho de desenvolvedores, ainda assim ele foi criticado por usar uma solução conhecida pelos resultados derivativos e por trazer grandes impactos ao meio-ambiente — e que ele mesmo admitiu que não trazem ganhos de produtividade perceptíveis.

Fonte: PC Gamer, TheGamer

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