
Após ganhar fama como uma grande defensora de desenvolvedores e por não se contentar em seguir as modas da indústria, a Larian Studios perdeu parte de seus créditos nesta terça-feira (16). Isso porque, em uma reportagem da Bloomberg, a empresa confirmou que está usando inteligência artificial (IA) generativa no desenvolvimento de Divinity.
Na matéria, assinada por Jason Schreier, o CEO Swen Vincke explica que é um dos maiores defensores do uso da tecnologia. Segundo ele, isso não levou a grandes ganhos de eficiência e trouxe alguns atritos com desenvolvedores. “Mas acredito que, nesse ponto, todos estão mais ou menos OK com a maneira como a estamos usando”, explicou.

Segundo Vincke, a maioria dos conteúdos de Divinity, incluindo suas vozes e roteiros, são produzidos inteiramente por humanos. No entanto, ele afirma que a IA generativa é usada para criar apresentações de Power Point, explorar artes conceituais e escrever textos temporários.
Uso de IA em Divinity gerou várias críticas nas redes sociais
Assim que a matéria assinada por Schreier foi publicada, os perfis da Larian Studios começaram a ser inundados por críticas nas redes sociais. Muitos afirmaram que gostaram da Baldur’s Gate 3, mas não estão mais dispostos a apoiar um estúdio que usa uma tecnologia conhecida por roubar o trabalho de artistas.
A decisão do estúdio também fez com que diversos desenvolvedores começassem a falar abertamente sobre outros de seus problemas. A empresa é conhecida pelos processos de contratação complicados, longos e obtusos, e por fazer que roteiristas trabalhem gratuitamente antes de prosseguirem com suas etapas.
“Fui obrigado a fazer o teste duas vezes, e numa delas recebi o feedback ‘não é Larian o suficiente e isso não pode ser ensinado’”, explicou o usuário @staroverlord no BlueSky. “Quando tentei novamente eu avancei, e eles me fizeram reescrever o que fiz com seu feedback. Então eu fui sumariamente ignorado. Nem mesmo startups suspeitas me trataram desse jeito”.

A decisão de usar IA generativa em etapas de Divinity acontece mesmo em um momento no qual o estúdio é financeiramente saudável. No entanto, isso não parece ser suficiente para Vincke, que controla a empresa junto com sua esposa, decidir que vale a pena pagar profissionais para trabalhar em algumas de suas etapas — por mais que ele afirme publicamente que suas equipes precisam de tempo para testar conceitos e evoluí-los sem a pressão de um lançamento próximo.
Fonte: Bloomberg
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