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Um atalho possível?

Rapidus quer atravessar concorrentes e já fala em chips com substratos de vidro e PLP

Japonesa Rapidus já quer unir duas tecnologias ainda em desenvolvimento na indústria de semicondutores

Chefe da Rapidus ao lado da logo da empresa
Créditos: AFP

A empresa japonesa Rapidus tem investido muito – com o auxílio de mais companhias e subsídios do governo – para se tornar uma competidora real para a TSMC no segmento de chips avançados. E agora a gigante nipônica se prepara para discutir uma tecnologia que pode lhe ajudar a dar um salto e sair na frente de concorrentes.

Hoje mesmo, dia 17 de dezembro, começa a edição de 2025 da SEMICON Japan, evento internacional de empresas de tecnologias de semicondutores, sediado no país asiático. Durante a feira, a Rapidus pretende oferecer detalhes de como está trabalhando em unir panel-level packaging (PLP – empacotamento em nível de painel) com substratos de vidro de uma só vez.

Estande da empresa na SEMICON Japan
Fonte: Rapidus

Essa são duas das tecnologias que ainda estão nas fases iniciais do desenvolvimento nos laboratórios de muitas companhias envolvidas com semicondutores – incluindo a própria TSMC. Mas a Rapidus parece confiante que vai conseguir chegar primeiro no momento em que será possível unir os dois processos.

Substratos de vidro são o próximo grande passo para processadores

Atualmente a maioria dos processadores, incluindo os mais avançados, se baseiam em wafers de silício colocados em pacotes de substratos orgânicos. Enquanto o silício suporta alta densidade de circuitos e controle dimensional preciso, os substratos não acompanham essas mesmas propriedades, então estamos chegando no limite do que o material pode oferecer em tecnologias de ponta.

Imagem de pessoas olhando um wafer da Rapidus
Fonte: Bloomberg

Substratos de vidro, por sua vez, trazem propriedades muito mais avançadas e adequadas à fabricação de chips, além de suportarem temperaturas muito mais elevadas de operação. São todas vantagens especialmente importantes no acelerado segmento de IA e HPC, que precisam de servidores cada vez mais escaláveis que operam em temperaturas elevadas.

A AMD é outro exemplo de empresa trabalhando com os substratos, enquanto a Intel também tinha planos, mas teria desistido. Os esforços da Rapidus na área parecem mais recentes.

PLP já é usado em chips, mas Rapidus quer unir aos novos substratos

Panel-level packaging permite empacotar os chips em grandes painéis retangulares em vez dos tradicionais wafers redondos que estamos acostumados a ver. No caso da Rapidus seriam painéis de 600 x 600mm.

Isso permite uma fabricação mais eficiente, com maior rendimento de componentes, em pacotes maiores. O FOPLP (Fan-Out Panel-level Packaging) já é usado em chips mais simples, mas não temos ainda processadores avançados produzidos em nível comercial com envelopamento PLP.

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É por isso que a Rapidus quer levar vantagem, entregando imediatamente os primeiros chips com substratos de vidros já empacotados em PLP. Obviamente existe uma diferença enorme entre previsões e entregas práticas, mas essa pode ser a chance da empresa japonesa se lançar à frente de fabricantes rivais de semicondutores.

Via: Tom’s Hardware

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