Felipe Gugelmin 
Anunciada oficialmente na última quarta-feira (12), a nova geração da Steam Machine é bastante distinta da primeira encarnação da ideia, que estreou há uma década. No entanto, enquanto a Valve não planeja trabalhar com várias versões do conceito, ela já imagina um futuro no qual outras fabricantes ofereçam desktops baseados no SteamOS.
Na versão original das Steam Machines, elas eram formadas por hardwares de diferentes fabricantes, que tinham como elemento comum usar um sistema operacional baseado no Windows. Já o conceito apresentado esta semana é mais fechado: além de fornecer o software, a Valve também controla suas especificações de hardware.
“Acreditamos que a versão original era um produto legal. Obviamente, eles não funcionaram muito bem”, explicou o engenheiro Yazan Aldehayyat à PC Gamer. “Mas, de várias formas, sentimos que agora é o tempo certo para construirmos esse dispositivo”, complementou.
Nova Steam Machine quer oferecer conveniência ao público
Aldehayyat explicou que boa parte do conceito da nova Steam Machine é resultado da experiência positiva que a Valve teve com o Steam Deck. O portátil chamou a atenção do público por oferecer uma forma conveniente de acessar jogos do PC, ao mesmo tempo que dava espaço para algumas configurações customizadas.
Em comum com o hardware portátil, o novo PC compacto vai trazer o sistema operacional SteamOS e a camada de compatibilidade Proton, que garante acesso a jogos desenvolvidos para o Windows. Enquanto a Valve só anunciou um hardware, ela acredita que seu formato vai servir como base para inspirar diversas outras fabricantes.
“Estamos muito animados para ver o que terceiros vão fazer ao trazer o SteamOS para outros formatos e iterações”, explicou Aldehayyat. No entanto, a empresa deixa claro que o trabalho de outras empresas pode ser dificultado por questões como drivers — a nova Steam Machine usa uma solução proprietária no qual a companhia trabalhou em parceria com a AMD.
A principal vantagem do novo aparelho em relação ao Steam Deck é que, conforme a própria Valve destacou, ele se trata de um PC. Assim, pode caber ao próprio público decidir como montar sua própria versão do dispositivo e fazer com que o sistema operacional baseado no Linux realmente passe a ameaçar o domínio que o Windows ainda mantém no segmento de games.
Fonte: PC Gamer
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