
A instalação mais recente do Windows ainda carrega um problema antigo: excesso de aplicativos pré-instalados que pouco contribuem para a experiência do usuário.
Especialistas em desempenho, segurança e usabilidade apontam que parte desses programas consome recursos em segundo plano, adiciona publicidade ao sistema, coleta dados desnecessários e, em muitos casos, replica funções já disponíveis de forma mais eficiente em outros softwares.
O impacto tende a ser ainda maior em computadores com hardware intermediário ou mais antigo, onde tempo de inicialização, uso de memória e resposta do sistema são fatores sensíveis.
Tendo isso em vista, reunimos 12 aplicativos do Windows amplamente considerados seguros de remover, explicando o que cada um faz e por que a desinstalação costuma ser recomendada.
1. Microsoft Solitaire Collection
O pacote reúne jogos clássicos como Solitaire, Minesweeper, Mahjong e Sudoku, funcionando como um hub casual de entretenimento.
O problema está no modelo adotado atualmente: anúncios persistentes dentro das partidas e restrições artificiais, como o bloqueio do modo tela cheia para usuários sem assinatura paga.

A comunidade critica a forma como a publicidade interrompe a experiência, inclusive com anúncios em tela inteira durante o jogo.
Afinal, em um sistema voltado à produtividade, manter um app que exibe anúncios e roda processos em segundo plano costuma ser visto como desperdício de recursos, principalmente quando alternativas gratuitas existem fora do ecossistema da Microsoft.
2. Microsoft News (Microsoft Notícias)
O Microsoft News atua como um agregador de manchetes, alimentado pelo serviço Microsoft Start.

Embora cumpra seu papel básico, o aplicativo funciona essencialmente como um invólucro de navegador, carregando conteúdos da web dentro de um app dedicado.
Na prática, a função já está integrada ao menu Iniciar e à barra de tarefas do Windows 11, tornando o app redundante.
Testes recentes indicam inicialização lenta e maior consumo de memória do que o esperado para um leitor de notícias simples, além da presença crescente de anúncios.
3. Microsoft Weather (MSN Clima)
O caso do Weather segue lógica semelhante ao do News. O aplicativo entrega previsões e alertas climáticos, mas o widget da barra de tarefas já cumpre essa função com mais agilidade e menos sobrecarga.

Após atualizações recentes, o app passou a exibir mais publicidade e continua dependendo de um motor web para carregar dados.
Para quem busca apenas checar temperatura e previsão, manter o aplicativo instalado raramente se justifica do ponto de vista técnico.
4. Outlook (novo)
O novo Outlook substituiu os antigos apps nativos de Mail e Calendar, mas adotou uma arquitetura baseada em WebView, transformando o programa em uma versão empacotada do site do Outlook.

Especialistas em desempenho explicam que uso elevado de memória, atrasos na navegação entre menus e notificações inconsistentes.
Outro ponto frequentemente citado é a presença de mensagens patrocinadas disfarçadas de e-mails, algo que gerou críticas por confundir usuários. Para quem não depende do ecossistema Microsoft 365, clientes de e-mail mais leves costumam ser escolhas mais equilibradas.
5. Microsoft 365 Copilot
Apesar do nome, o app Microsoft 365 Copilot funciona como um hub online para serviços como Word, Excel e PowerPoint, redirecionando o usuário para versões web.

Fora de uma assinatura ativa, o aplicativo oferece funcionalidades limitadas e mantém comportamento agressivo, como inicialização automática com o sistema.
A confusão gerada pela coexistência de diferentes “Copilots” no Windows, o que dificulta entender qual app faz o quê. Para quem já acessa esses serviços pelo navegador, o app se torna redundante e dispensável.
6. Xbox App
O Xbox App serve como launcher para jogos do Xbox Game Pass, além de integrar conquistas, downloads e funções sociais.

Para jogadores ativos no serviço, ele faz sentido. Fora desse contexto, torna-se apenas mais um processo residente no sistema.
Usuários que cancelaram o Game Pass ou nunca utilizaram a plataforma relatam ganhos perceptíveis ao remover o aplicativo, sobretudo na redução de tarefas em segundo plano.
7. Xbox Game Bar
Diferente do Xbox App, o Game Bar é um recurso integrado que precisa ser desativado nas configurações. Ele permite gravação de tela, monitoramento de FPS e sobreposições sociais, mas permanece ativo mesmo fora de jogos.

O atalho Win + G pode iniciar processos desnecessários, afetando desempenho. Para quem grava gameplay ou monitora hardware, soluções dedicadas oferecem controle mais preciso e menor impacto.
8. Media Player (Reprodutor Multimídia do Windows)
O Media Player do Windows cumpre funções básicas de reprodução de áudio e vídeo, mas apresenta suporte limitado a codecs modernos, como AV1, cada vez mais comum em vídeos de alta eficiência.

Alternativas consolidadas oferecem compatibilidade mais ampla, atualizações frequentes e recursos avançados, como legendas automáticas e gerenciamento detalhado de bibliotecas. Manter o Media Player raramente traz vantagens para usuários que consomem formatos variados.
9. Antivírus de terceiros pré-instalados
Softwares como Norton e McAfee ainda acompanham muitos PCs novos, geralmente em versões de teste. Relatórios técnicos apontam pop-ups frequentes, mensagens alarmistas e impacto relevante no desempenho.
O Windows Security, com o Microsoft Defender, atingiu níveis de proteção comparáveis aos antivírus pagos, com menor consumo de recursos.
Para a maioria dos usuários, a solução nativa é suficiente quando combinada a boas práticas de segurança digital.
10. Microsoft Clipchamp
O Clipchamp é um editor de vídeo voltado a projetos simples, com templates prontos e interface amigável. No entanto, limita exportações, exibe incentivos constantes para planos pagos e apresenta desempenho modesto em renderizações mais longas.

Profissionais e entusiastas tendem a optar por editores gratuitos mais completos. Já quem não edita vídeos com frequência pode remover o app sem impacto algum no fluxo diário.
11. Microsoft To Do
O Microsoft To Do integra-se bem ao Outlook e ao Teams, mas carece de recursos presentes em concorrentes, como entrada em linguagem natural, busca avançada e gestão detalhada de subtarefas.

Fora de ambientes corporativos que exigem a ferramenta, apps alternativos entregam mais flexibilidade e automação, reduzindo fricções no gerenciamento de tarefas.
12. Movies & TV (Filmes e TV)
O Movies & TV surgiu como loja digital e player multimídia. Desde 2025, a Microsoft encerrou a venda e o aluguel de conteúdos pelo app, deixando apenas a reprodução de itens já adquiridos.

Para quem nunca comprou filmes ou séries na plataforma, o aplicativo perdeu praticamente toda sua razão de existir. Removê-lo ajuda a reduzir a lista de apps obsoletos no sistema.
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Quando menos é realmente melhor
A remoção desses aplicativos revela um padrão claro: menos processos ativos significam mais controle sobre desempenho, privacidade e estabilidade.
Desinstalar bloatware ou softwares sem sentido para o seu cotidiano não transforma milagrosamente um PC em uma máquina nova, mas elimina atritos silenciosos que se acumulam ao longo do tempo.
Ao revisar o que realmente faz parte do seu dia o Windows dica menos inflado por padrão. Diante de tantas atualizações problemáticas recentemente, sobretudo com os recursos de Copilot e inteligência artificial, todo ganho de desempenho é válido.
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