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🖥️ Impulso aos Data Centers

NVIDIA aposta no Brasil com salto nas vendas após isenção tributária

Redução de impostos para data centers pode impulsionar oferta de GPUs da NVIDIA no Brasil a partir de 2026

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Créditos: Reprodução/ChatGPT

A NVIDIA vê o Brasil como mercado estratégico para expansão de vendas de chips de inteligência artificial a partir de 2026, quando entra em vigor a isenção tributária para data centers. A empresa mais valiosa do mundo aguarda a oficialização do programa Redata para impulsionar seus negócios no país.

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Expectativa com o programa Redata

Segundo Márcio Aguiar, diretor da companhia para América Latina, as vendas atuais para data centers brasileiros são irrelevantes, limitadas principalmente a projetos de pesquisa. A expectativa é que isso mude drasticamente com a nova legislação.

“Nossa maior esperança é que o governo federal já oficialize o programa chamado Redata, que reduz os impostos nos componentes necessários para montar um data center”, afirma ele.

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O Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center no Brasil (Redata) reduzirá a zero a alíquota dos impostos federais sobre produtos comprados pelo setor de processamento de dados. A lista inclui as GPUs (unidades de processamento gráfico) da NVIDIA, que representam quase 90% das vendas da companhia.

A medida provisória precisa ser aprovada pelo Congresso até 2 de janeiro de 2026. Uma vez em vigor, espera-se que data centers de grandes provedores de nuvem como Amazon, Microsoft e Google aumentem investimentos no território nacional.

Expansão global e foco na América Latina

Aguiar explica que a empresa começou a se movimentar para encaminhar pedidos destinados a abastecer data centers brasileiros. O Brasil está na lista de próximos anúncios da gigante de tecnologia, que busca compensar o veto comercial americano à China.

O CEO da NVIDIA, Jensen Huang, tem viajado pelo mundo fechando acordos na Alemanha, Reino Unido e Finlândia. A América Latina surge como alternativa importante, já que os Estados Unidos estão próximos do limite da capacidade elétrica para receber novos data centers.

“O que hoje proíbe muito são os custos dos impostos – isso inibe bastante o investimento local”, afirmou Aguiar. O Brasil oferece infraestrutura necessária, incluindo energia limpa barata e conexão global, mas a carga tributária atual desestimula investimentos.

O México tem recebido prioridade nos investimentos na região devido à proximidade geográfica e acordos comerciais com Estados Unidos, Canadá e Europa. Porém, segundo o executivo, “eventualmente, não vai ter como não vir para o Brasil”.

Democratização da IA com DGX Spark

A NVIDIA planeja conquistar mercados emergentes com o lançamento do DGX Spark, apresentado como “o menor supercomputador de IA do mundo”. O equipamento é mais acessível que os servidores tradicionais, com sistemas a partir de R$ 40 mil.

Aguiar destaca que muitas empresas têm a percepção equivocada de que IA só é possível com milhares de GPUs, quando é possível começar com investimentos menores. Cada unidade de GPU avançada custa entre US$ 40 mil e US$ 50 mil.

Resultados financeiros e principais clientes

A empresa espera faturar cerca de US$ 65 bilhões no próximo trimestre, segundo balanço divulgado recentemente. O valor supera em US$ 3 bilhões a expectativa média dos analistas de mercado.

Os principais clientes da companhia são grandes provedores de nuvem pública, chamados hyperscalers, além de empresas voltadas à inteligência artificial como Meta, OpenAI e Anthropic. Toda a plataforma do ChatGPT foi desenvolvida com GPUs da fabricante.

O investimento de US$ 25 bilhões anunciado pela OpenAI na Argentina ainda não se converteu em compras de GPUs, segundo Aguiar. A empresa Sur Energy, responsável pela construção dos data centers, ainda não procurou a NVIDIA na América Latina.

Próxima aposta: robótica e carros autônomos

A divisão de automotiva e robótica da NVIDIA cresceu 32% ano a ano e já gera quase US$ 2 bilhões anuais. O executivo aponta esse segmento como a próxima grande aposta da companhia, com expectativa de dobrar em dois anos.

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