Felipe Gugelmin 
Na última quarta-feira (10), a NVIDIA confirmou que vai passar a usar uma nova tecnologia de localizadores em suas GPUs para clientes corporativos. Com isso, a companhia espera ser capaz de detectar contrabandos ao saber com grande exatidão em qual local os componentes fabricados por ela estão operando.
A intenção da empresa é descobrir com mais facilidade onde estão acontecendo desvios, para evitar que seus produtos cheguem a locais nos quais são proibidos. A decisão é motivada principalmente pelo fato de que, mesmo com as proibições de exportação para a China, muitos de seus hardwares acabam parando no país por meios “alternativos”.
Segundo a NVIDIA, seu rastreador vai funcionar a partir de uma solução de software, que já foi exibida a portas fechadas para alguns parceiros comerciais. Ele vai funcionar acionando alguns componentes considerados confidenciais de suas GPUs, especialmente aquelas voltadas para tarefas de inteligência artificial.
Como vai funcionar o sistema da NVIDIA?
A Reuters afirma que a solução da NVIDIA funciona de forma integrada ao software que permite a clientes verificarem o desempenho dos sistemas adquiridos. A localização dos componentes vai ser estimada a partir do tempo entre o tempo de acionamento de um comando e o momento que ele chega aos servidores da própria NVIDIA.
Assim, a empresa vai conseguir ter uma localização aproximada de onde se encontram seus hardwares, que não necessariamente vai ser 100% exata. Em seu blog oficial, ela afirmou que pretende transformar a solução em opensource em um futuro próximo, permitindo que pesquisadores de segurança a examinem em detalhes.
A NVIDIA afirma que, para seus clientes, a principal vantagem do sistema de monitoramento vai ser permitir um gerenciamento facilitado dos inventários comprados. Ela também explica que o sistema não dá a ela qualquer controle sobre o funcionamento dos hardwares, visto que a solução não tem a capacidade de desligá-los remotamente ou enviar comandos a eles.
Ao menos a princípio, o novo sistema de monitoramento vai ser aplicado somente na linha Blackwell, considerada a mais moderna e segura da corporação. No entanto, ela também tem planos de estender o recurso para os chips Hopper e Ampere, caso as condições adequadas se apresentem.
Fonte: Reuters
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