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Padrão de barramento criado pela HP em 1972 recebe driver estável no Linux após 53 anos

Integração estável do barramento GPIB (HP-IB/IEEE 488) no kernel Linux 6.19, 53 anos após seu lançamento para instrumentos de medição!

Padrão de barramento criado pela HP em 1972 recebe driver estável no Linux após 53 anos
Créditos: Wikipedia / Domínio Público

Preservação e maturidade são as palavras-chaves aqui: padrão de barramento criado pela HP em 1972 recebe driver estável no Linux após 53 anos!

Sim: uma tecnologia de interface de equipamentos de laboratório, criada nos anos 1970, atingiu um marco de maturidade no núcleo do sistema operacional Linux!

O suporte ao General Purpose Interface Bus (GPIB), também chamado de HP-IB, foi promovido para a seção principal do código-fonte e será parte da versão 6.19 do kernel.

A mudança significa que os drivers para essa interface deixaram a fase de testes, conhecida como “staging“, e são agora considerados prontos para uso geral.

O anúncio foi feito por Greg Kroah-Hartman, desenvolvedor do núcleo do sistema operacional do pinguim, durante o processo de integração das atualizações para o Linux 6.19-rc1.

Contudo, antes de prosseguirmos com este interessante tema que remete aos primórdios da computação, confiram uma tabela com as principais perguntas e respostas (FAQ) sobre o tema abordado:

PerguntaResposta
O que é a interface GPIB?É um barramento paralelo de 8 bits criado pela HP em 1972 (posteriormente padrão IEEE 488) para conectar instrumentos de laboratório, como osciloscópios, a computadores.
O GPIB foi adicionado ao Linux?Sim. Os drivers estáveis do GPIB foram integrados à parte principal do kernel Linux e estarão disponíveis na versão 6.19.
Qual a importância da inclusão no kernel Linux?Significa que o suporte à interface saiu da fase experimental (“staging”) e é considerado estável, pronto para uso geral com equipamentos antigos.
Quem anunciou a inclusão do GPIB no Linux 6.19?Greg Kroah-Hartman, durante o processo de preparação para a versão 6.19-rc1.
Quanto tempo levou para o GPIB ter drivers estáveis no Linux?O marco ocorreu 53 anos após o lançamento da interface pela HP, com o suporte inicial sendo adicionado ao kernel no ano anterior.
Para que era usado o padrão GPIB?Principalmente para conectar instrumentos de teste e medição eletrônicos (como multímetros e analisadores lógicos) a computadores, antes de padrões como USB.
Qual a velocidade de transferência do GPIB?A interface podia transferir dados a uma velocidade máxima de até 8 MB/s.
Quantos dispositivos o barramento GPIB suporta?O padrão suportava a conexão de até 15 dispositivos em um único barramento físico.
Por que o uso do GPIB diminuiu?O surgimento de padrões mais rápidos e completos, como o SCSI, foi o principal motivo para a aposentadoria progressiva do IEEE 488/GPIB.

História e contexto da tecnologia GPIB

Contextualizando mais as informações, a HP desenvolveu o padrão GPIB em 1972 para conectar seus instrumentos de teste e medição a computadores. Naquela época, opções como USB ou Ethernet não existiam, e o cenário de computação pessoal ainda não havia se estabelecido.

A solução foi um barramento paralelo de 8 bits que permitia a conexão de até 15 dispositivos em uma mesma linha, com cabos que podiam totalizar 20 metros de extensão. A velocidade máxima de transferência de dados podia alcançar 8 MB/s, sendo adotado posteriormente como padrão IEEE 488.

O caminho do GPIB para o kernel principal do Linux

Conforme explicado por Greg Kroah-Hartman, a atualização para o Linux 6.19-rc1 incluiu a movimentação de dois subsistemas da área de testes. Ele mencionou que os drivers gpib e vc04 foram transferidos para a parte oficial do kernel, após um período de testes sem problemas relatados.

O suporte inicial ao GPIB havia sido adicionado ao código principal do Linux no ano passado. A decisão de declará-lo estável ocorre 53 anos após o lançamento original da interface pela Hewlett-Packard (HP).

Leia mais

Padrão de barramento criado pela HP em 1972 recebe driver estável no Linux; entenda

A interface foi amplamente usada em equipamentos como osciloscópios, multímetros, analisadores lógicos e plotters. Exemplos de seu uso também são encontrados em dispositivos como o Commodore 64 e os da Acorn.

Por último, mas não menos importante, destacamos que, assim como mencionado na tabela acima, com o surgimento de padrões mais rápidos e completos, como o SCSI, o uso do IEEE 488 entrou em declínio.

No entanto, equipamentos mais antigos que utilizam essa interface ainda estão em operação em diversos laboratórios e instalações industriais.

E aí? Qual é a sua opinião sobre este assunto? Compartilhe o seu ponto de vista nesta publicação e continue acompanhando o Adrenaline!

Fonte: Tom’s Hardware

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