Felipe Gugelmin 
Em um momento no qual o Windows está sendo criticado por trazer recursos que nem sempre agradam os consumidores — bem como diversos bugs —, o Linux surge para muitos como uma alternativa viável para muitas pessoas. E, segundo um de seus criadores, Linus Trovalds, parte disso acontece porque o sistema costuma ser um pouco “chato” em seus updates.
Em uma entrevista realizada durante o Linux Foundation Open Source Summit, na Coreia do Sul, Torvalds compartilhou sua opinião sobre a atualização 6.18 RC4 do sistema operacional. Segundo ele, não há muito o que comentar sobre o assunto, já que a atualização trouxe mudanças pouco chamativas.
“Eu gosto de coisas chatas, e o chato para mim significa que não teremos recursos super animadores que vão quebrar máquinas para milhões de pessoas ao redor do mundo”, explicou. Ele também esclareceu que os testes do update foram marcados por problemas — que tinham mais a ver com a maneira como foram realizados do que com o kernel em si.
Linux favorece a estabilidade do que recursos chamativos
As declarações de Torvalds não surpreendem quando se leva em consideração diversas de suas declarações públicas. Em 2020, ele já criticava a Intel, antes mesmo da crise em que a companhia se encontra agora. Para ele, a corporação era um exemplo de como várias empresas de tecnologia estão focadas mais em criar soluções mirabolantes do que tentar resolver problemas reais.
Embora o criador do Linux não tenha mencionado o Windows quando falou sobre “recursos que quebram máquinas”, é difícil não fazer essa relação. Em tempos recentes, a Microsoft se tornou famosa por fazer atualizações que quebram desde seu Gerenciador de Tarefas até seu ambiente de recuperação.
O sistema da empresa também vem sendo bastante criticado por adicionar vários recursos de inteligência artificial, que são rejeitados por muitos usuários. Enquanto muitos deles não funcionam com a precisão esperada, outros podem trazer riscos evidentes à segurança de seus usuários.
Mesmo que Torvalds ainda esteja bastante ligado ao nome do Linux, ele reconhece que há mais de 20 anos não é o responsável pelo direcionamento do software ou sua programação. “Então só quero lembrar as pessoas que o trabalho real é feito por outras pessoas, talvez algumas que estejam no público. Então as pessoas às vezes me dão crédito demais simplesmente por estar por aí”.
Fonte: PC Gamer
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